Se não tê ideias do que fazer este f.d.s. tenho uma grande proposta, mas é que é mesmo uma grande ideia :) experimentem empacotar tudo o que tem em casa. Muito possivelmente isto é coisa que vos vai levar mais do que o f.d.s., mas o intuito desta experiência não está no empacotar. A minha proposta é manterem empacotado o recheio da vossa casa durante uns bons meses, cenário este muito parecido, se não mesmo igual, a minha actual posição. O âmago desta experiência está em, descobrirem o que é que cangalhada toda que têm em casa vos faz realmente falta. Tem um pouco a ver com aquela outra questão do desprendimento.
Eu descobri que o que me faz mais falta de tudo o que tenho, é a minha música. Faz-me falta também os meus livros, sobretudo os de Astrologia, que são de consulta constante, esta é aliás a minha forma de estudar, uma ou outra fotografia, meios para rabiscar uma coisas, mas decididamente a música é o que me faz mais falta. È que, quer no Inverno acompanhada por um Porto ou uma garrafa de vinho tinto aberta antecipadamente antes do jantar, quer no verão acompanhada por um Martini ou uma simples loura (leia-se cerveja), isto é das coisas que me sabem melhor quando chego a casa.
E corajosos seríamos se, depois desta conclusão conseguíssemos desfazer-nos de tudo o resto. É que somos todos os grandes sucateiros. Vou tentar passar à pratica este plano assim que possível. Mais uma experiência tortuosa, mas reveladora. Disseram-me uma vez que eu encarnava uma Esfinge, mas eu acho que encarno muito mais a Fénix ;). Bom, e isto tudo a propósito de ter ouvido no outro dia Adriana Calcanhoto na rádio, de quem é um dos meus CD de eleição, mas logo a seguir deu uma música fantástica, com uma letra muito boa, e que ando a cantar há uma semana :) Bom f.d.s.
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Sugestão para o F.D.S.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Cientistas descobrem ‘um grande vazio’
E é mais ou menos isto que tenho vindo a sentir, tal como no Universo, a minha vida, a minha cabeça, neste momento, atravessa um enorme vazio. Tenho a sensação que está história da casa se parece com uma gravidez. Tenho, mas não tenho, e nunca mais tenho. Estou cansada de janelas, soalho, mobília, mudanças, pinturas, portas, canos, decoração. Está a começar a ter pouca piada, quero voltar a ter tempo para mim e a fazer o que gosto mais. E se estes cientistas olhassem para dentro de mim, descobririam um vazio ainda maior. SOCORRO!!!!!
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
All becomes Emptiness - Sobre revolução
…e o cosmo respondeu-me, com um livro que encontrei ao final da tarde numa livraria qualquer: “Sobre o Desprendimento”.
A questão do Desprendimento, ainda que nunca a tivesse ligado à revolução, parece-me fazer sentido. Parece-me que pode ser a, ou uma das, ferramentas para a revolução. Não há muito tempo, alguém que amo muito, numa resposta a uma confrontação de ideias, diz “não quero perder o que tenho”. Esta resposta ainda me tilinta na cabeça. Perder o quê? O que é que esta pessoa tem a mais que justifique tais valores. No entanto, dou por mim a pensar (mas dentro de outros parâmetros), na minha incapacidade de abrir mão de certas coisas. E eis que, mais uma vez, não somos melhores que ninguém. Pode ser que um dia consiga desapegar-me, e convergir mais para aquilo que vou acreditando.
Porque tudo o que temos, materialmente, é nada. Porque todos os que amamos, não nos pertencem, pelo que nunca os perdermos quer vivos quer mortos. E só quando percebermos que quem anda a apregoar que o importante é o amor, é que tem razão, já nos estaremos a redireccionar. E quando nos consciencializamos desta verdade, já estaremos a meio da revolução. Porque sempre é verdade que o amor é tudo, amor é Deus, e Deus não é nada. Não somos nada.
Uma revolução nunca vista, em meios e forma.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Dalila Rodrigues afastada do Museu de Arte Antiga - Contestação terá levado à demissão
http://www.expresso.pt/Artigo/?id=409471
http://www.petitiononline.com/Dalila/petition.html
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
Notícias do Palácio
Claro está que toda a minha (nossa) atenção está centrada na casa nova-velha. Vai começar mais uma etapa dolorosa: obras. Pior ainda quando se junta 2 malucos, eu com ideias estapafúrdias, o meu sócio que quer deitar todas as paredes abaixo. Como que uma premonição, há um ano atrás, num Sábado em que fui trabalhar, quando cheguei a casa tinha um buraco na parede do quarto que ia dum lado ao outro, tudo porque ele não gostava do interruptor naquele sítio da parede. Agora a uma escala 9 vezes maior tento apaziguar o génio. Mas eu não estou numa situação melhor, ao que parece o meu desvio em relação ao que é cânon é desmedido. Querer uma cozinha sem azulejos e sem armários na parede, provocou nas pessoas mais chegadas, no mínimo, algum “sobressalto”. É curioso assistir à desfiguração, em formas nunca vista da cara de um pai, sua eminência “O Bigodes”,… a vociferar: “…mas porque é que não gostas de azulejos??” A minha mãe está mais habituada, já são muito anos de treino, sacode simplesmente a cabeça, mas já não opina. Engraçado também, foi ir a uma dessas empresas que fazem cozinhas, cheguei lá e expliquei o que queria e “sem armários na parede”. Mesmo assim, o indivíduo estava constantemente a desenhar armários na parede, e eu a riscar por cima do desenho dele, e mais 2 segundos e ele dizia: “…e ficava aqui bem um armários na parede”, e eu a riscar o desenho ao homem… e a nossa vida tem sido isto. Tenho a sensação de que agora não existe mais nada no mundo a não ser uma casa para reedificar, e uma batalha na defesa da nossa personalidade :)