segunda-feira, 13 de agosto de 2007

All becomes Emptiness - Sobre revolução

Acerca da necessidade de uma revolução, porque este é um assunto do meu interesse ;) , tenho a ideia de que estamos a caminhar no sentido ao oposto. Cada vez mais somos “forçados” a fazer um caminho solitário, e sobretudo egoísta. Sinto que o caminho, para a tal revolução que se está a tornar urgente, é precisamente fazer uma viragem de 180º, num caminho uno, que integre o todo. No dia em que passei pelas “postagens” desse grande Carneiroide e da Catisoca, debrucei-me sobre este assunto (mais uma vez). Sobre que contorno teria esta revolução, especialmente tendo em conta que, todos já “vendemos a nossa alma ao diabo”.
…e o cosmo respondeu-me, com um livro que encontrei ao final da tarde numa livraria qualquer: “Sobre o Desprendimento”.
A questão do Desprendimento, ainda que nunca a tivesse ligado à revolução, parece-me fazer sentido. Parece-me que pode ser a, ou uma das, ferramentas para a revolução. Não há muito tempo, alguém que amo muito, numa resposta a uma confrontação de ideias, diz “não quero perder o que tenho”. Esta resposta ainda me tilinta na cabeça. Perder o quê? O que é que esta pessoa tem a mais que justifique tais valores. No entanto, dou por mim a pensar (mas dentro de outros parâmetros), na minha incapacidade de abrir mão de certas coisas. E eis que, mais uma vez, não somos melhores que ninguém. Pode ser que um dia consiga desapegar-me, e convergir mais para aquilo que vou acreditando.
Porque tudo o que temos, materialmente, é nada. Porque todos os que amamos, não nos pertencem, pelo que nunca os perdermos quer vivos quer mortos. E só quando percebermos que quem anda a apregoar que o importante é o amor, é que tem razão, já nos estaremos a redireccionar. E quando nos consciencializamos desta verdade, já estaremos a meio da revolução. Porque sempre é verdade que o amor é tudo, amor é Deus, e Deus não é nada. Não somos nada.
Uma revolução nunca vista, em meios e forma.

1 comentário:

absorbent disse...

é mais ou menos isso que eu sinto sim... nao bem, mas anda la perto...