sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Queda Interminável

Tormento.
Suplício, de reconhecer que esta permanente insatisfação emocional está em mim.
Responsabilizar o outro por um vazio existente é tão mais reconfortante.
Saber que este vazio jamais será preenchido, que jorra incessantemente, e tentar confortar-me com esta queda interminável.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Como consegues ser tão bom? És sem dúvida o maior !

20 anos é muito tempo, mas passou a correr.
E hei-nos no primeiro concerto deste género sentados. Não fosse já suficientemente estranho ir a um concerto de Xutos às 16 horas, assistimos ao concerto sentados. Sim sentados, porque a idade já não me permite ter paciência para certas coisas e exige algum conforto, pelo que resolvi escolher os bilhetes com cadeirinhas. A modos que foi um bocado estranho, primeiro porque queremos sacudir o corpo ao som da guitarra e não podemos, depois, se não o mais importante, temos que esperar que o gajo das cervejas (o latinhas) passe por nós, para nos encher o copo, quase contrário temos que incomodar meio mundo para passar.
Daqui a 20 anos estaremos lá outra vez. Sentados ou em pé não importa.

http://www.xutos.pt/

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

2 Anos sem fumar :) :) :) :)





Cachorro fumante - kewego
Cachorro fumante - kewego

Cachorro fumante - kewego
Este carrocho também sabe fumar e falar. O interessante é a tirada dele no final, dizendo: "Eu sou um cachorro, qual a sua desculpa?"...

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Mulher, Guerreira e Rainha

Pois é ao contrário de todas as criticas, mais uma vez babei. Pode ser que haja mesmo umas facadas na história, um saltitar no tempo real, mas são saltitares ao som do coração de quem ama mais a rainha do que a verdadeira história. Senti que do tudo o que li, vi sobre a rainha este pode ser o retrato mais próximo das emoções de uma Mulher que deu a sua vida pelo seu povo, em detrimento de si mesma. Paradoxalmente, penso que não se podia ter cumprido tanto na sua essência se não tivesse nascido rainha.

http://www.elizabeththegoldenage.net/

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Make me somewhere I can call a home


A vida vai voltando muito lentamente ao normal.
Ao bom do que é normal.
Regista-se a confecção do primeiro jantar no palácio, com a cooperação do mais novo elemento da Bacardi Martini.
Sugerem que se acompanhe com gelo e hortelã, nós acompanhámos com boa música e luz de velas.

http://www.martini.com/LDA.aspx?RefPage=Default.aspx
http://zero7.thecreativeco01.firstserved.net/

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Grande Dia


Dois pontos de comemoração:
1º - O primeiro banho quente não oficial no novo chalet.
O banho demorou tanto tempo que sai de lá uma autêntica pele-vermelha :)

Grande Dia


2º - E mais importante – hoje é dia de festa. O meu maior amor faz anos, vou oferecer-lhe o que ele tanto queria… uma harley.. esta.. não me posso esquecer de lhe comprar também uma tesoura e cola para ele se entreter.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

There are so many special people in the world


E eis que mais 3 e meio se juntam a este blog.

Um tempo estranho que a mim me parece muito agradável :) http://tempoestranho.blogspot.com/

Um poeta que deambula pelo Cairo:
http://geocities.com/bernas69/ovoodoovo/index.html?pg=1&cnt=5
http://pinceladasdepoesia.blogspot.com/

E porque os amigos dos amigos boas surpresas são, um foguetão em forma de blog: http://lowendziz.blogspot.com/

E porque há pintas iguais a outras pintas e há Pit’s iguais a ele mesmo, 3 pedaços de Pit que fazem o meio deste post, cujo endereço permanecerá oculto.

Desculpa Pit mas estes fragmentos de letras e imagem já não fazem parte só de ti. Porque há sentimentos que se conjugam sempre no presente ainda que noutros corpos.
Se te zangares comigo, eu cá me arranjo, de qualquer forma não vais conseguir zangar-te com uma pinta tão linda como eu… pois não?

".......acabou........ficarás para sempre retido em mim. És especial, único,
chegaste sem dizer que vinhas, e instalaste-te, aninhado, num lugar onde não
chegarei para te retirar, talvez porque não consiga, talvez porque não
queira... Mas não consigo continuar, não suporto a indagação, a dúvida, a
expectativa, o desejo... Por isso acaba, por isso se manterá para sempre.
Não me esqueças......e procura-me se algum dia puderes vir a mim, sem
interferências, sem razões, apenas com vontade e entrega incondicional. O
beijo mais sentido, mais terno, mais prolongado, mais sereno....e saudades,
muitas saudades."

"Preciso habituar-me
a substituir-te
pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direcção
é igualmente passageira
mas verídica."

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Sem Titulo


Começa como se de uma brisa se tratasse, um zumbido, depois toma-nos. Lentamente, mansinho, do centro de nós, come-nos as entranhas, devagarinho, saboreia. A dor é corrosiva, distinta da dor do sangue. Uma mão que amassa, estrafega o coração, já se sente a chegar à garganta, aperta-nos o pescoço por debaixo da pele, dificilmente respiramos, mesmo, sem nunca deixar o estômago.
Às vezes somos levados ao limite, às vezes temos sorte, e num repente somos libertados, caímos estatelados no chão, o corpo lateja com uma réstia de vida, ofegamos na urgência.
Depois é o silêncio, os olhos retorcem-se à procura de nada.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

narrativa alterada

1 - É daqueles dias em que não se consegue meter um pé à frente do outro.
2 - A cabeça parece que vai estoirar, mas em vez disso permanece atarraxada ao corpo o que a torna insuportável.
3 - Ao contrário do que é costumo, absorvi uma dessas substâncias medicinais comprimidas
4 - Adormeci.
5 - Enquanto meto o cadáver em sacos de lixo consecutivos, berro: “Não podes continuar a comprar estes filmes baratos! É que depois eles morrem, e somos nós que temos que dar conta disto.”
6 - O som do filme permanecia alto, e eu procurava no corpo já em decomposição, onde se distinguia uma camisa de xadrez vermelho, um botão para baixar o volume.
7 - Um dos sacos tinha letras de uma qualquer entidade que nos denunciaria, e continuo a apregoar: “Mais vale dar mais dinheiro mas comprar filmes bons em que não somos despojados com as baixas.
8 - Respinga: “Sim, sim, ‘tá bem, mas trás lá os sacos de entulho!”
9 – Camisa aquela igual à do homem que nos tinha arranjado o gás no dia anterior.

11 – Na garagem surgiu um baú, que me importuna incansavelmente.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade."

Decidi em 5 minutos o que andava a adiar. Amanhã vou inscrever-me como sócia e voluntária da União Zoófila, e muito possivelmente apadrinhar um animal.


UZ contra o abandono


União Zoófila - Ajuda e Protecção aos Cães e Gatos Abandonados

"Chegará o dia em que os homens conhecerão o íntimo dos animais e nesse dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade." Leonardo Da Vinci

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Parabéns para mim … atrasados :)



A galáxia espiral M 104, que pertence à constelação da Virgem e encontra-se a uma distância de cerca de 50 milhões anos-luz.

Rossi vence corrida do Estoril em MotoGP 16.09.2007 - 17h17 Lusa

Mesmo em detrimento, The Doctor deu-me uma grande prenda de anos. Este miúdo só me dá alegrias :)

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Sugestão para o F.D.S.

Se não tê ideias do que fazer este f.d.s. tenho uma grande proposta, mas é que é mesmo uma grande ideia :) experimentem empacotar tudo o que tem em casa. Muito possivelmente isto é coisa que vos vai levar mais do que o f.d.s., mas o intuito desta experiência não está no empacotar. A minha proposta é manterem empacotado o recheio da vossa casa durante uns bons meses, cenário este muito parecido, se não mesmo igual, a minha actual posição. O âmago desta experiência está em, descobrirem o que é que cangalhada toda que têm em casa vos faz realmente falta. Tem um pouco a ver com aquela outra questão do desprendimento.
Eu descobri que o que me faz mais falta de tudo o que tenho, é a minha música. Faz-me falta também os meus livros, sobretudo os de Astrologia, que são de consulta constante, esta é aliás a minha forma de estudar, uma ou outra fotografia, meios para rabiscar uma coisas, mas decididamente a música é o que me faz mais falta. È que, quer no Inverno acompanhada por um Porto ou uma garrafa de vinho tinto aberta antecipadamente antes do jantar, quer no verão acompanhada por um Martini ou uma simples loura (leia-se cerveja), isto é das coisas que me sabem melhor quando chego a casa.
E corajosos seríamos se, depois desta conclusão conseguíssemos desfazer-nos de tudo o resto. É que somos todos os grandes sucateiros. Vou tentar passar à pratica este plano assim que possível. Mais uma experiência tortuosa, mas reveladora. Disseram-me uma vez que eu encarnava uma Esfinge, mas eu acho que encarno muito mais a Fénix ;). Bom, e isto tudo a propósito de ter ouvido no outro dia Adriana Calcanhoto na rádio, de quem é um dos meus CD de eleição, mas logo a seguir deu uma música fantástica, com uma letra muito boa, e que ando a cantar há uma semana :) Bom f.d.s.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Cientistas descobrem ‘um grande vazio’

"Astrónomos da Universidade do Minnesota descobriram um enorme pedaço de vácuo no Universo. O ‘vazio’ demora cerca de um bilião de anos-luz a atravessar. Não há galáxias, não há estrelas, não há nada. Não há sequer a chamada ‘matéria escura’. … No cosmos, são comuns os espaços sem matéria entre galáxias. No entanto, o vazio agora descoberto é mil vezes superior ao esperado numa dessas falhas. «É difícil, até para um astrónomo, imaginar a dimensão desta coisa», explicou à BBC o professor Lawrence Rudnick da Universidade do Minnesota." (Por Luís Miranda)
E é mais ou menos isto que tenho vindo a sentir, tal como no Universo, a minha vida, a minha cabeça, neste momento, atravessa um enorme vazio. Tenho a sensação que está história da casa se parece com uma gravidez. Tenho, mas não tenho, e nunca mais tenho. Estou cansada de janelas, soalho, mobília, mudanças, pinturas, portas, canos, decoração. Está a começar a ter pouca piada, quero voltar a ter tempo para mim e a fazer o que gosto mais. E se estes cientistas olhassem para dentro de mim, descobririam um vazio ainda maior. SOCORRO!!!!!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

All becomes Emptiness - Sobre revolução

Acerca da necessidade de uma revolução, porque este é um assunto do meu interesse ;) , tenho a ideia de que estamos a caminhar no sentido ao oposto. Cada vez mais somos “forçados” a fazer um caminho solitário, e sobretudo egoísta. Sinto que o caminho, para a tal revolução que se está a tornar urgente, é precisamente fazer uma viragem de 180º, num caminho uno, que integre o todo. No dia em que passei pelas “postagens” desse grande Carneiroide e da Catisoca, debrucei-me sobre este assunto (mais uma vez). Sobre que contorno teria esta revolução, especialmente tendo em conta que, todos já “vendemos a nossa alma ao diabo”.
…e o cosmo respondeu-me, com um livro que encontrei ao final da tarde numa livraria qualquer: “Sobre o Desprendimento”.
A questão do Desprendimento, ainda que nunca a tivesse ligado à revolução, parece-me fazer sentido. Parece-me que pode ser a, ou uma das, ferramentas para a revolução. Não há muito tempo, alguém que amo muito, numa resposta a uma confrontação de ideias, diz “não quero perder o que tenho”. Esta resposta ainda me tilinta na cabeça. Perder o quê? O que é que esta pessoa tem a mais que justifique tais valores. No entanto, dou por mim a pensar (mas dentro de outros parâmetros), na minha incapacidade de abrir mão de certas coisas. E eis que, mais uma vez, não somos melhores que ninguém. Pode ser que um dia consiga desapegar-me, e convergir mais para aquilo que vou acreditando.
Porque tudo o que temos, materialmente, é nada. Porque todos os que amamos, não nos pertencem, pelo que nunca os perdermos quer vivos quer mortos. E só quando percebermos que quem anda a apregoar que o importante é o amor, é que tem razão, já nos estaremos a redireccionar. E quando nos consciencializamos desta verdade, já estaremos a meio da revolução. Porque sempre é verdade que o amor é tudo, amor é Deus, e Deus não é nada. Não somos nada.
Uma revolução nunca vista, em meios e forma.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Dalila Rodrigues afastada do Museu de Arte Antiga - Contestação terá levado à demissão

Enquanto visitante, registo que de todos os museus de Lisboa, o de arte antiga é aquele que tenho acompanhado com mais satisfação, tem me permitido ver exposições magnificas e até me deu o prazer de o visitar fora de horas. Por este motivo não entendo o afastamento de Dalila Rodrigues, especialmente quando é reconhecido o seu excelente trabalho, e justificando ao acto apenas por divergência de ideias.

http://www.expresso.pt/Artigo/?id=409471

http://www.petitiononline.com/Dalila/petition.html

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Notícias do Palácio


Claro está que toda a minha (nossa) atenção está centrada na casa nova-velha. Vai começar mais uma etapa dolorosa: obras. Pior ainda quando se junta 2 malucos, eu com ideias estapafúrdias, o meu sócio que quer deitar todas as paredes abaixo. Como que uma premonição, há um ano atrás, num Sábado em que fui trabalhar, quando cheguei a casa tinha um buraco na parede do quarto que ia dum lado ao outro, tudo porque ele não gostava do interruptor naquele sítio da parede. Agora a uma escala 9 vezes maior tento apaziguar o génio. Mas eu não estou numa situação melhor, ao que parece o meu desvio em relação ao que é cânon é desmedido. Querer uma cozinha sem azulejos e sem armários na parede, provocou nas pessoas mais chegadas, no mínimo, algum “sobressalto”. É curioso assistir à desfiguração, em formas nunca vista da cara de um pai, sua eminência “O Bigodes”,… a vociferar: “…mas porque é que não gostas de azulejos??” A minha mãe está mais habituada, já são muito anos de treino, sacode simplesmente a cabeça, mas já não opina. Engraçado também, foi ir a uma dessas empresas que fazem cozinhas, cheguei lá e expliquei o que queria e “sem armários na parede”. Mesmo assim, o indivíduo estava constantemente a desenhar armários na parede, e eu a riscar por cima do desenho dele, e mais 2 segundos e ele dizia: “…e ficava aqui bem um armários na parede”, e eu a riscar o desenho ao homem… e a nossa vida tem sido isto. Tenho a sensação de que agora não existe mais nada no mundo a não ser uma casa para reedificar, e uma batalha na defesa da nossa personalidade :)

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Rua Álvaro de Campos

O Verão permanece solidário com as minhas decisões, e se eu não tiver férias nesta estação, ele teima em esconder o seu astro luminoso. Hoje é novamente dia de festa, mais um sonho alcançado, e se a vida continuar a brindar-me desta forma, eu declaro que por cada sonho realizado nascerão em mim mais cinco. A alegria já não produz o mesmo efeito, é sentida de forma mais apurada e menos esfuziante, tem uma consistência que o meu coração ainda não se habituou. E como tudo se conjuga quando estamos em harmonia com o Universo (ou quando fazemos por isso), até nas pequenas coisas o Todo trabalha, e assim a minha rua chama-se: Rua Álvaro de Campos.

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Álvaro Campos

Sim, está tudo certo.
Está tudo perfeitamente certo.
O pior é que está tudo errado.
Bem sei que esta casa é pintada de cinzento
Bem sei qual é o número desta casa -
Não sei, mas poderei saber, como está avaliada
Nessas oficinas de impostos que existem para isto -
Bem sei, bem sei...
Mas o pior é que há almas lá dentro
E a Tesouraria de Finanças não conseguiu livrar
A vizinha do lado de lhe morrer o filho.
A Repartição de não sei quê não pôde evitar
Que o marido da vizinha do andar mais acima lhe fugisse com a cunhada...
Mas, está claro, está tudo certo...
E, excepto estar errado, é assim mesmo: está certo...
Álvaro Campos

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...
Álvaro Campos

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Find The Don

Depois de uns dias de obscura neura nada cai melhor de que um convite para viajar. Há quase um ano que não o fazia, e isso é muito tempo, tendo em conta que para mim, viajar é uma necessidade de purificação, que deve ser ministrada regularmente.
Viajar é um activador de 3 dos meus 5 sentidos, do olfacto, paladar e a visão. Viajar serve de balancete do meu eu. O olfacto faz-me disparar a memória, o Passado é puxado ao momento. O paladar é o tempo Presente, que se dissipa na degustação. A visão o Futuro, porque quando se gosta de viajar quer-se sempre ver mais.
Viajar em conjunto é uma experiência delicada, é como viver com alguém, a conexão dá-se ou não. E se não, não há nada a fazer.

domingo, 8 de julho de 2007

Todo o amor que nos prendera Como se fora de cera Se quebrava e desfazia Ai funesta Primavera Quem me dera, quem nos dera Ter morrido nesse dia

Tenho a minha casa empacotada à espera de um futuro que não chega: Do que sinto mais falta é do livro que queria ler, e sobretudo do canto da Mariza. Até que tenha os meus CD’d de volta, este blog só vai ter Mariza a cantar.
Encontrei por casa dos meus pais, um livro sobre a minha venerada Elizabeth I de Inglaterra. Uma escrita sem nada a assinalar, mas que me deu a conhecer a primeira adolescência da princesa, na sua fuga das garras de Thomas Seymour, marido da sua madrasta.
Ontem íamos ver Xutos ao Colete Encarnado, mas a Mariza actuava hoje, com o Carlos do Carmo em Mafra, e não queríamos perder. Adiámos os Xutos, e rumamos à Fnac.
Fila P, são 15 filas de gente até ao palco, apesar de já ter sido arrebatada por Carlos do Carmo a cantar no Coliseu sem microfone, achei que estes senhores mereciam ser visto de forma mais nobre.
Isto não nos correu bem, ainda por cima a Elizabeth chegou ao fim. Aceitei a sugestão da prima Ana, e já que estávamos na Fnac, procurei “A Formula de Deus”, de que ela tanto tem falado.
Acredito piamente em Deus, mas não necessariamente que se tenha que expressar de forma material, não um Deus que questionamos no infortúnio, mas num Deus que está presente em cada um de nós e que se manifesta de forma constante, às vezes naquilo que consideramos banal.
Devo dizer que não engraço com o rapaz, mas talvez tenha a ver com uma aversão que criei ao jornalismo de hoje. Mas vamos lá ver o que nos conta sobre Deus.
E como é possível negar a presença de Deus quando se presencia um momento como este: http://www.youtube.com/watch?v=TeOhPR_0x8E

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Ciclo da Água

Tenho este problema de quem não consegue ver televisão durante muito tempo, ao contrário do meu consorte que tem um caso tórrido com o comando, o que também faz de nós um casal complementar.
Como aspecto negativo, nunca vejo um programa bom desde princípio. Acabei de ver “metade” (metade, como de costume) de uma entrevista na televisão com o Dr. Brian Weiss.
Fiquei encantada com a metáfora que nos deu. Segundo ele, somos como cubos de gelo, ou seja água em estado sólido, o que delimita o espaço de cada um.
Quando morremos transforma-nos em água, estado líquido que segundo o dicionário: “estado da matéria, intermédio entre o gasoso e o sólido, no qual as partículas constituintes se movem com facilidade e que, por isso, se caracteriza por ter volume próprio, mas não forma própria;”. Não tendo forma própria, os ex-cubos de gelos misturam-se, são todos um e o mesmo.
E depois, evaporarmo-nos, existimos sem ser vistos, com a possibilidade de nos voltar a transformar em cubos de gelo.
Li dois livros dele: “Muitas Vidas, Muitos Mestres”, “Só o Amor é Real”, e estou de acordo com as suas ideias, sobretudo que só o amor é real. Mas esta ideia da reencarnação é genial, e convenhamos muito engraçada.

segunda-feira, 2 de julho de 2007

Eleva el pensamiento, al cielo sube, por nada te acongojes

Afinal o filme já estreou, numa única sala de cinema e a uma única hora. Hoje voei até lá. Éramos meia dúzia na sala. O que por um lado me deixa muito satisfeita, porque não me importava de ser a única, por outro lado tenho pena.
Depois de ter lido “Teresa a Santa Apaixonada” de Rosa Strausz, seria difícil o filme subjugar a esplêndida narração da vida extraordinária de Teresa. Mas está igualmente à altura, e é filmado cá, no Convento de Cristo, em Tomar
A igreja, em mais uma das suas piores facetas, a fé no seu melhor. Ou, devemos dizer a loucura? A fé, com certeza, e num dos seus apogeus.
Mas, de qualquer forma não será esta, mais uma das fronteiras ténues. Porque afinal, quando uma convicção (e falo aqui, daquelas inabaláveis), vai contra a verdade comum, não somos facilmente classificados de demente, de excessivos? Mas quem sofre de tal mal, ou iluminação, não se detêm facilmente. E de qualquer forma, valerá a pena passar por esta vida em bicos dos pés, em vez de cravar os pés no chão, sentir o calor e o frio de cada caminhada, e por vezes o alívio de tirar uma farpa da planta do pé?


Nada te turbe,nada te espante;
todo se pasa, Dios no se muda;
la paciencia todo lo alcanza.
Quien a Dios tiene, nada le falta.
Sólo Dios basta.


Um pouco mais: http://www.ecclesia.pt/santos/outubro/15.htm

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Teresa de Cepeda y Ahumada

Tínhamos decidido hoje ir ao cinema, e passei à tarde à procura de um filme. Tal como acontece na maioria das vezes em que vamos ao Clube de Vídeo, ou melhor ao Clube de DVD, já estava a desesperar, nada me parece que valha a pena…
Até que dei com uma boa notícia… estreou há muito pouco tempo (ainda não em Portugal) um filme sobre Teresa de Cepeda y Ahumada: “Teresa, el Cuerpo de Cristo”. Estou muito contente, ansiosa para que chegue cá. Já deu para ver um bocadinho em: http://www.teresalapelicula.com/inicio.swf E entretanto, hoje vamos ao teatro :)

terça-feira, 26 de junho de 2007

Precious Famine de Objection Design

Toni Grilo e Elder Monteiro são a dupla de designers, que forma a Objection Design. Ainda não sabia quem eram, fiquei fascinada com Precious Famine, a peça que vi no Pavillon Christofle no Hotel Dom Pedro. Precious Famine é uma mesa, feita a partir de mais de mil talheres, e como sempre a fotografia fica longe do impacto real.

Existem mais algumas peças engraçadas, e algumas outras que conhecemos do dia-a-dia. O site da Objection Design a visitar: http://www.objection.pt/html/home.htm

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Difícil de atravessar, como o fio de uma navalha. Difícil é o caminho, dizem os poetas. - Katha Upanishad

A vida é tão complexa no seu enredo. E eu nesta constante necessidade de dissecar o seu significado. Às vezes sinto-me uma parabólica de desgraça humana. O que fazer quando após a policia já ter tomado conta da ocorrência, na sequencia de uma discussão no telhado do meu prédio em que a vizinha altamente alcoolizada arremessa a cobertura do prédio ao mesmo tempo que o filho a tenta agarrar, me deparo com a mesma senhora pendurada numa velha escada de incêndio equivalente a um 6º andar, que por baixo apenas tem um curto percurso até solo. A parte de trabalho racional eu faço, as palavras certas saem-me da boca. Mas depois deparo-me com o limite da possibilidade de intervenção. Sim, a vida é feita de escolhas, cabe-nos a cada um responsabilizarmo-nos por elas. Mas, e depois? Quando se fecha a porta? O que se faz com a dormência do corpo? Como o peso da alma? Com o entorpecimento dos actos? Como não se acredita em Deus?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Fotos do Sec. XIV – Lá longe ainda no tempo dos reis - Hoje é dia de festa!

E disse ele assim: “Amiga, temos de juntar as nossas fotos, e compor o nosso álbum fotográfico. Só naquela da nostalgia, e prós putos…”

Ok, nostalgia agente sabe que é com este homem dêem-lhe uma garrafa de verde e ninguém o cala… agora “prós putos…”

Quais putos? ?
O único que ainda estou a ver é o Mica, a não ser…. que já tenhas novidades para nós…?

É que Mica quer lá saber das nossas fotos. Ele quer é helicópteros e carros de bombeiros.

E depois sempre quero ver, como explicaria eu ao meu filho fotos como esta…
- Ó mãe, o que é que o tio Mirandinha faz de cu espetado, o tio Houdini de quatro, e tio Mike de cocras?? Estavam a fugir dos extraterrestres?
- Não filho, os extraterrestres éramos nós mesmos.

A hipótese número dois, é os “putos, sermos agente mesmo”…

Ah, ´tá bem, concordo.

Ora vejamos, este gajo, que faz hoje anos, já lá vai nos trinta também, eu conheci-o deste tamanho assim.
Estás a ver na foto? O homem era do tamanho do saca-rolhas, tinha acne… aliás, fomos nós que o ensinámos a abrir garrafas. O álcool deu-lhe cabo do acne, e agora até dança merengues e essas cenas assim.

E mais, se reparem bem, lá atrás temos um exemplo típico da azulejaria portuguesa. No canto superior esquerdo da foto, temos um revestimento maneirista, com azulejaria padrão do tipo flamengo, de produção portuguesa, datado do terceiro quartel do sec. VII. Trata-se da obra-prima da azulejaria da época.

Temos que fazer o álbum, porque isto já é espólio. Uma colecção de património mundial, e que se encontra não acessível ao publico, sendo já merecedor de uma investigação profunda, que contribuirá para a evolução e valorização da humanidade em particular, e também do homem em geral. Tenho dito.

É claro que a banda sonora só podia ser uma… por isso o Reverendo Bonifácio que me perdoe.

http://www.youtube.com/watch?v=r5dZgZrVqFI

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Jordi Burch - Estamos juntos!

…até dia 29
"Jordi Burch é um dos nomes sonantes da fotografia em Portugal. Iniciou a sua carreira após ter terminado a formação em Fotografia e História de Arte, no ARCO. Foi nomeado para os Masters Class da World Press Photo, duas vezes consecutivas. Recebeu três Menções Honrosas no Prémio Visão. Já publicou na National Geographic, na Grande Reportagem, na Volta ao Mundo, no Corriere Internacional e em publicações na Grécia e na Rússia. Actualmente, colabora com o Expresso, o Público e a Notícias Magazine.
Nesta exposição podem ver-se imagens captadas em Angola, Portugal, Brasil, Antárctida, Marrocos, Peru, Espanha, ao longo de alguns anos e muitas viagens."

http://www.casafernandopessoa.com/

terça-feira, 22 de maio de 2007

O Brilho das Imagens - Pintura e Escultura Medieval do Museu Nacional de Varsóvia (séculos XII-XVI)

Ao que parece uma oportunidade única. É que nos dias de hoje já não é muito habitual estás frágeis obras andarem a correr mundo. Temos que agradecer ao Museu de Arte Antiga (Directora: Dalila Rodrigues) e ao mecenas Millennium bcp, por nos permitirem está graça. E a melhor forma de agradecer, é ir ver a exposição.
A escultura é de uma perfeição extraordinária. Na pintura sente-se o peso da igreja. Mas o que mais gostei é a obra com que termina a exposição, um Cristo esplêndido.
A minha amiga Annamaria havia de adorar, e o título da exposição é bem justo: ouro e mais ouro, uma exposição brilhante.
Mais informações em:http://www.mnarteantiga-ipmuseus.pt/

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Mistério da Estrada de Sintra de Jorge Paixão da Costa


A não perder:

"Um certo dia, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão decidiram assustar Lisboa, com a história mirabolante de um assassinato ocorrido na estrada de Sintra.
Tendo como única inspiração a força da imaginação, começaram a escrever. Combinavam, vagamente, na véspera o desenrolar da história e enviavam o original, em forma de carta anónima, para o director do "Diário de Notícias", que a publicava diariamente.
E, de facto, o "mistério" foi lido avidamente e conseguiu preocupar os lisboetas. Houve até leitores que acreditaram nos factos narrados, e mesmo quem tivesse medo de viajar para Sintra, chegando a fazerem-se investigações policiais no local.
Tudo se resolveu quando, ao fim de dois meses, os autores se identificaram e explicaram que, afinal, tudo não passava de um belo romance."


http://www.filmesfundo.com/omisteriodaestradadesintra/

http://videos.sapo.pt/paPIP1BRRAhskUBhkC4o

quarta-feira, 9 de maio de 2007

E hoje é dia de festa!!

Faz um mês que tenho uma nova profissão J. É para comemorar...
... mas isto hoje está difícil ... tenho um nariz do tamanho do mundo (sim está maior do que é habitual), estou com uma hipersensibilidade imunológica a um estímulo externo específico. Estas indecisões do Inverno, Verão dão-me cabo da imunoglobulina.

Deixo uma pequena homenagem a uma grande banda: Os Coça na Barriga.
http://carneiroide.blogspot.com/index.html
A jornalista do Rolling Stone Magazine foi moi même, a autora da foto do álbum foi moi même também… e se o meu pai soubesse que eu passava as ferias com aqueles gajos ainda hoje estava fechada em casa..
E só vos digo que aquele êxito do “'Não Tenho Mais Dinheiro Temos Que Voltar Para A Casa'", foi uma música que esteve nos top’s naqueles anos. Era a musica que mais se cantava nas tour que acompanhei destes grandes Monstros do Rock n’Roll nacional.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Almofada de Penas


… até dia 10 no Maria Matos.

Prefácio
“O que há sob uma peça? O que é que a sustenta? É como perguntar o que há sob mim? Eu existo sobre o quê? Há algo silencioso debaixo de cada pessoa e de cada peça.
E há também algo de não dito debaixo de qualquer sociedade.
(…)
A Dúvida requer mais coragem do que a convicção, e mais energia: porque a convicção é um lugar de repouso e a dúvida é infinita. – é um exercício apaixonado. Podem sair da minha peça com incerteza. Podem querer ter a certeza. Analisem esse sentimento. Temos de aprender a viver com a medida plena de incerteza. Não há última palavra. Isso, é o silêncio debaixo do excesso de palavras do nosso tempo.”

John Patrick Shanley
Brooklyn. Nova York ! Março 2005

quinta-feira, 3 de maio de 2007

"Telle est la vocation de l'homme: se délivrer de sa cécité. L'identité sera convulsive ou ne sera pas." - Max Ernst

Foi mais uma oportunidade de confirmar a transformação na minha forma de sentir.
Nunca tinha tido tal percepção das obras de Rui Chafes.

“Menos Arte” e “Perder a Alma”

Rui Chafes, Rui Sanches - rever obras.
Entre Outros.

Esta postagens não tem imagens, e de longe seria possível passar em fotografia o que se sente ao cruzar estas peças.


Ah! Quando forem ver a expo, façam a visita com uma comissária que lá anda, uma comissária alta e loira... Desculpem, é uma “private” que não resisti...

http://www.parlamento.pt/destaques/expoJBerardo/index.html

quarta-feira, 2 de maio de 2007

A Complexidade da Alma - Roberto Faenza


"Sabina Spielrein - Por que razão acha que Judith matou Holofernes?
Carl Gustav Jung - Porque Deus lhe ordenou. Para salvar o povo dela.
Sabina Spielrein - Primeiro, seduze-o; Depois corta-lhe a cabeça. Olhe para a expressão dela. Acha que ela tem cara de quem está a cumprir ordens de Deus?
Carl Gustav Jung - O que está a sugerir, menina Spielrein
Sabina Spielrein - Olhe com atenção Dr. Jung, os olhos dela, a sensualidade da boca dela...os seios expostos... a mão adornada com joias que segura a cabeça dele... Não, Judite não matou Holofernes para obdecer a Deus.
Carl Gustav Jung - Então, porque o fez?
Sabina Spielrein - Ela matou-o porque o amava."

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Javier Vallhonrat

Gosto das fotos destes rapaz. A série Flair foi o que me levou a descobri-lo numa livraria.
http://www.mfilomeno.com/javier/flair_sissy.htm
http://www.mfilomeno.com/javier/javier.html

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Estrela Cadente: ponto brilhante que é visível de noite, no céu, e aí descreve uma trajectória, deixando um rasto luminoso quando desaparece;

Há uma semanas atrás tinha decidido iniciar uma tarefa de purgação. Mas como sempre a vida passa-me uma rasteira, lembrando-me afinal quem manda no pedaço. Tive que adiar a purgação, porque este exercício exige que a coisa esteja bem marinada.

É nos tão mais fácil exigir ao outro. Almejamos demais o outro. Vamos edificando o outro de acordo com o nosso desejo. O desfecho é inevitável, um bom prato de desilusão.

Mas a dor da desilusão, quando bem aproveitada, é altamente libertadora. É no processo em si, e não no fim que reside o lucro da libertação. É que a liberdade é algo que só será realmente ganha se tivermos a coragem de saborear o seu fel. O êxtase.

quinta-feira, 15 de março de 2007







Tinha um rolo aos pontapés lá em casa que já nem sabia o que era. Fui pôr a revelar. Saiu isto. Faz amanhã ano e meio que o tirei. Palácio da Ajuda, Jardim Botânico da Ajuda e Mosteiros dos Jerónimos.
Porque será que temos tendência a não fazer aquilo que nos faz bem. Tenho que voltar a fotografar.

terça-feira, 13 de março de 2007

Eu até vinha inspirada, mas antes de postar fui dar uma volta a outros blogs, e perdi-me, e depois “varreu-se-me” tudo da memória. As vezes embrulho-me de tal forma nos meus pensamento que quando volto não sei onde estava, e depois tento apanhar o fio à miada e não consigo. É como quando sonhamos, quando sonhamos alguma marcante, e depois no dia a seguir aquilo ainda ressoa cá dentro, mas não conseguimos lembrar-nos do quê, mas a sensação ainda nos envolve. E pronto foi o que aconteceu: eu ia escrever qualquer coisa, mas já não me lembro o quê.

quinta-feira, 8 de março de 2007

Quando os meus pais mudaram de casa, encontram este desenho perdido lá em casa…. Deve ter uns 10 anos.

domingo, 4 de março de 2007

Voltou.

Não sei se este blog não ficará no anonimato.

sexta-feira, 2 de março de 2007

A lei da causalidade

Temos todos que aprender amar. Amar no sentido mais amplo, sem o intento do investimento. Até porque a vida tudo nos devolve. Eu acho, perdoem-me a falta módestia, que às vezes tenho o dom saber dar, Brinco com isso e a vida devolve-me, e eu abuso disso. Adoro flirtar a vida, e ela devolve-me em dobro.